3 de ago. de 2014

ENTREVISTA DE DOMINGO: Padre Luiz Antonio Belini

A Igreja celebra Agosto o mês vocacional e o Dia do Padre no primeiro domingo. O escolhido para receber homenagem do BLOG  em nome de todos é o padre Luiz Antonio Belini. 
Londrinense de nascimento, mourãoense de coração e desde 1995 trabalhando em Quinta do Sol, padre Belini é considerado por muitos colegas sacerdotes como um "pensador contemporâneo" da Igreja Católica. Sua atuação tem sido importante na formação dos leigos e seminaristas. 
Padre Belini é o homenageado na ENTREVISTA DE DOMINGO. 
"Tive uma infância como a maioria da minha faixa etária: até os 6 anos vivi em um sítio, no município de Londrina. Em 1969 meus pais mudaram-se para a cidade de Londrina, onde cursei o primeiro e segundo anos primários. Em 1971 minha família mudou-se para Campo Mourão", conta.
Padre Belini começou a estudar no Colégio Marechal Rondon (e depois na Unidade Polo) e participar da capela da Vila Urupês, onde fez sua catequese (com a Maria Rosa e o Toninho) e continuou participando das atividades que existiam. Nas missas, ele ajudava o padre Oscar Nedel, Bruno Rabusque e, posteriormente, Alcides de Bastiani.
Parabéns aos padres, que sejam fiéis as propostas e ao que Deus lhe pede. Viva!

QUEM É LUIZ ANTONIO BELINI? Sou filho de Helídio Belini e Maria Paulina Facco Belini. Tenho dois irmãos: Lourdes e José Carlos; três sobrinhos: Bruna, Henrique e Renan. Dois sobrinhos netos: Enzo e Gabriel. Nasci em Londrina, em 22 de junho de 1963.

ONDE E COMO FOI A SUA INFÂNCIA? 

Tive uma infância como a maioria da minha faixa etária: até os 6 anos vivi em um sítio, no município de Londrina. Em 1969 meus pais mudaram-se para a cidade de Londrina, onde cursei o primeiro e segundo anos primários. Em 1971 minha família mudou-se para Campo Mourão. Comecei a estudar no Colégio Marechal Rondon (e depois na Unidade Polo) e participar da capela da Vila Urupês, onde fiz minha catequese (com a Maria Rosa e o Toninho) e continuei participando das atividades que ali existiam. Nas missas, ajudava os padres Oscar Nedel, Bruno Rabusque e, posteriormente, Alcides de Bastiani.

COMO FOI E ONDE SUA ATUAÇÃO NA JUVENTUDE E ONDE? No início de 1979, entrei
no Centro Vocacional Santo Inácio, em Ubiratã, onde cursei o então “segundo grau”. Como seminarista, participávamos da vida da Paróquia, na catequese e na pastoral da juventude. No final de 1981 deixei o seminário em Ubiratã. Durante o ano de 1982, trabalhei na Coamo e cursei o primeiro ano de Administração de Empresas na então Facilcam. Nesse período, participei dos Vicentinos Jovens e fui Ministro da Comunhão Eucarística da já Paróquia da Vila Urupês, com o Padre Nelson Grandi (foto). Acho que o Neri Relozi e eu fomos os dois primeiros Ministros da
Comunhão Eucarística da Paróquia. Em 1983, entrei no Seminário Nossa Senhora da Glória em Maringá, para cursar Filosofia, como seminarista diocesano. De 1986 a 1989 cursei Teologia no Instituto Paulo VI, em Londrina.
DESDE QUANDO É SACERDOTE? Minha
ordenação diaconal aconteceu em outubro de 1989, juntamente com o Jurandir Coronado Aguilar, na Paróquia do Lar Paraná, por Dom Virgílio de Pauli. Em 07 de janeiro de 1990, recebi a ordenação presbiteral na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Vila Urupês, que considero minha paróquia de origem.
Não identifico um momento especial em minha vida que pudesse indicar como aquele em que decidi ser padre. Desde que me lembro, sempre estive envolvido na Igreja e desejava continuar nela como sacerdote.
ONDE ESTUDOU E SE FORMOU? QUE CURSOS FEZ? Tendo sido ordenado em 07 de janeiro, no mês seguinte fui nomeado pároco da Paróquia Santo Antonio de Mariluz, onde permaneci até o início de
setembro de 1993. Era uma época forte dos Grupos de Reflexão e fazíamos muita formação. Com outros padres e leigos, incrementamos o Jornal Servindo e fundamos a Escola Diocesana de Teologia para Leigos.

Já em 1990, comecei a lecionar filosofia no Seminário Nossa Senhora da Glória em Maringá e teologia para leigos, em Campo Mourão e Umuarama.
Entre 1993 e 1995, cursei o mestrado em Filosofia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Foi uma experiência formidável. 

Além dos estudos, trabalhava como confessor no Santuário de Santa Rita, em Cássia, durante os fins de semana e férias. Nesse período pude visitar alguns locais marcantes do cristianismo e do catolicismo, tais como o Vaticano e a Terra Santa; e santuários como Assis e Pádua.

Quando retornei, assumi como pároco da Paróquia São Judas Tadeu de Quinta do Sol (14/10/95), onde estou até hoje. Por questões de saúde, no final de 2012, o padre José Carlos Kraus assumiu como pároco e eu permaneci como vigário paroquial.

Ao longo desse tempo, lecionei pedagogia, filosofia e teologia em Maringá, Londrina, Campo Mourão, Umuarama e Cascavel.
O QUE FEZ QUE NÃO FARIA DE NOVO? Cada momento se apresenta para nós com suas opções. Procurei fazer sempre o meu melhor, por isso, acho que nas mesmas condições, faria tudo novamente.
QUAIS OS SEUS DESAFIOS A FRENTE DO SEU SACERDÓCIO? Além das atividades corriqueiras, tenho me dedicado a formação de leigos, pesquisando e escrevendo.
QUAL O ESPORTE PREFERIDO E TIME? Meu esporte preferido é a Fórmula 1. Torci muito para o Ayrton Senna. Gosto de futebol, quando bem jogado, mas não me identifico com nenhum time. Em geral, sou bairrista, torço pelos times mais próximos.

 O CATÓLICO DE HOJE ESTÁ MAIS CONSCIENTE E ATUANTE?  A Igreja pós Vaticano II proporcionou uma maior formação e participação dos leigos, mas é difícil quantificar isso. Há também uma enorme variação de local para local. Em geral, pensando a partir da realidade brasileira e nossa, acho que já tivemos momentos mais intensos do que o atual.
E O NOVO PAPA, ESTÁ REVOLUCIONANDO A NOSSA IGREJA? O papa Francisco tem um forte carisma pessoal. Sua disposição para o diálogo, simplicidade e interesse que
demonstra pelas pessoas é cativante. Nós vínhamos de um longo período em que os papas eram idosos e mais fechados. O papa Francisco trouxe para a Igreja um toque latino, expansivo e emotivo. A opção pela simplicidade e pelos pobres também. Mas ainda não é possível falar em “revolução”. Na verdade, até agora, somente a pessoa do papa é que se impôs, por essas qualidades pessoais lembradas. Como Instituição, ainda não vimos mudanças. Até agora o papa tem tentado organizar e sanear a Cúria Romana. Esperemos que no decorrer de seu pontificado aconteçam mudanças significativas...
QUEM SÃO PADRES EXEMPLOS E
POR QUÊ? Tenho apreço pelos padres de nossa Diocese. Lembro nominalmente aqui aqueles com quem tenho maior laço de amizade e que estão mais presentes em minha vida: Jurandir Coronado Aguilar, Roberto Carlos Reis, Pedro Speri e José Carlos Kraus Ferreira.

ÉTICA EM UMA FRASE É...Justiça e coerência.
O MOMENTO ATUAL DA SUA VIDA .De maturidade e tranqüilidade!
A IGREJA CATÓLICA DO PRESENTE?Uma Igreja que está aprendendo a viver em um mundo plural, onde não tem mais a palavra final e, em muitos casos,
nem tem espaço para dizer a sua palavra. Mas que por outro lado, é cada vez mais consciente do precioso tesouro que porta consigo: Jesus e sua mensagem de salvação.

E A DO FUTURO SERÁ? Seria um exercício de futurologia difícil. Prefiro responder como espero que seja: um espaço onde as pessoas se sintam acolhidas e amadas, como Jesus nos ensinou. Onde as pessoas tenham prioridade sobre as normas. Descentralizada, democrática, serviçal e inculturada.
JOGO RÁPIDO:

MÚSICA:.duas:
El Sueño Imposible (El Hombre De La Mancha), de preferência com a Paloma San Basilio; mas também com Elvis Presley  (The Impossible Dream); em português com Altemar Dutra.
My Way, com Frank Sinatra ou Elvis Presley; gosto também da versão espanhola com a Maria Martha Serra Lima, A mi manera.
UM LIVRO: Estou relendo o Timeu de Platão.
OBS: Na imagem, Ilivaldo Duarte e o padre Belini com o livro da história da Paróquia São Judas Tadeu, de Quinta do Sol.
UM AUTOR? Na literatura: Machado de Assis e Graciliano Ramos; na filosofia: Platão; e na teologia: Juan Luis Ruiz de la Peña.
COMIDA? . Picanha ao ponto.
SONHO? . Um mundo fraterno, justo e pacífico.
SAUDADES? Vivo focado no presente, sem saudades!
HOBBY? . 
FAMÍLIA É.Amor e confiança.
QUEM GOSTARIA DE VER HOMENAGEADO AQUI NO BLOG?  Um dos amigos nomeados antes.
QUAL O RECADO PARA OS LEITORES DO BLOG?
Apaixonem-se por Jesus e sua mensagem de amor, paz e esperança!
SENTIMENTO PELA HOMENAGEM? Fico grato ao amigo de adolescência, Ilivaldo, depois de tanto tempo, pelo carinho e gentileza. 

2 comentários:

  1. Parabéns ao padre Luiz Antonio Belini, pela sua força de vontade! Que Jesus Cristo continue lhe concedendo força e luz na sua caminhada!

    Prof. Agnaldo Feitoza

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  2. Parabéns Padre Luiz pela homenagem, o senhor merece. Eu e todos os seu paroquianos sentimo-nos honrados em tê-lo como Padre aqui na nossa Paróquia. Que Deus continue a te abençoar. Abraços

    Elisângela Nakao

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