16 de set. de 2014

COLUNA DO PROFESSOR MACIEL: Paraná, por um Senado sanado

“Pelo entusiasmo medimos a idade do homem: velho é aquele que não vibra  com nada e acha tudo difícil e  irrealizável.” (anônimo)
            Quais são as principais funções do Senado? O que faz – ou deveria fazer – um senador?  Quem são – e como são – os senadores do Paraná?
            A Gazeta do Povo do dia oito passado noticiou o fato do eleitor paranaense dar pouca importância a política em geral, o desinteresse apenas diminui na época eleitoral e destaca,  a escolha para o Senado é a que menos interessa e aponta o desconhecimento sobre o papel do  senador. Segundo o texto – Senado é o céu – no caso do Paraná os senadores desejam avidamente o governo do Estado: “quase toda a disputa pelo Palácio Iguaçu tem um candidato que está no meio do mandato de senador. Roberto Requião (PMDB), usou a estratégia duas vezes, em 1998 e 2014, José Richa (PSDB), em 1990, Ávaro Dias (PSDB), em 2002, Flávio Arns (então PT) e Osmar Dias (PDT), em 2006, e Gleisi Hoffmann (PT), em 2014. Sem contar a atual disputa, todas as tentativas têm algo em comum – nenhum ganhou nessas circunstâncias”, conclui a matéria.
            Há muitas eleições que esbarro em obstáculos para escolher em quem votar para o Senado, mas não deixarei de votar, e por considerar omisso o voto nulo ou em branco.   
            Senadores paranaenses se comportam na tentativa de inviabilizar quem estiver no Palácio Iguaçu, consequentemente a almejar dividendos eleitorais. Não carece tecer maiores comentários, Roberto Requião e Gleisi têm pela frente mais quatro anos, mas querem mesmo governar o Paraná, respectivamente pela quarta e segunda vezes.
            O ruim em pelo menos trinta anos da política paranaense é essa constatação, além de deixarem a desejar no Senado e por querer retornar a qualquer custo como governador,  procuram impedir o sucesso de quem estiver no cargo. Requião e Gleisi desoram o  mandato de senador, sequer apresentam justificativa decente para esta disputa. Se não chegarem ao governo do Paraná (lógico, pelo menos um deles não irá!), “tudo bem”, passarão mais quatro anos procurando impedir que o governo paranaense promova o bem comum para toda a população. Entre tantos exemplos, os senadores candidatos prometem melhorar a saúde e a educação etc. O que eles fizeram nesses quatro anos? Por exemplo, o Paraná passou a ter uma universidade federal? Um grande hospital público? Mesmo que sejam legisladores, poderiam atuar na elaboração de emendas para que tais obras fossem viabilizadas orçamentariamente. Nas atribuições exclusivas do senador está a verificação dos limites dos estados e municípios quanto a empréstimos (outras são, a escolha de ministros para o STF e STJ; julgar o presidente).
            Compartilho com o leitor meu desânimo na escolha para o Senado. Tem-se o Álvaro que tentou e tentou voltar ao Palácio Iguaçu (também o irmão dele Osmar) e que agora tem uma eleição considerada tranquila, pelo que apontam pesquisas. Álvaro ainda sonha em governar o Paraná, sem sucesso todas as vezes, mas continuará a sonhar e a tentar, pois, se eleito agora, deverá fazer o que Requião e Gleisi tentam hoje. Apesar de não ter ainda a decisão em quem votar, coloco Álvaro, Osmar, Requião e Gleisi entre os que não servem mais ao Senado.                     
Fases de Fazer Frases
            Se não quisermos respostas, basta não perguntar? 
Olhos, Vistos do Cotidiano
            “O condutor do veículo fugiu sem prestar socorro à vítima”, diz reportagem deste Jornal,  última sexta, sobre o acidente na Avenida Ney Braga em Campo Mourão. O jovem ciclista (iniciais L. F, 18 anos) foi atingido por um veículo, o motorista fugiu. 
            O número de acidentes de trânsito de há muito tem níveis preocupantes e, para tornar mais aguda a situação, são muitos os que fogem sem prestar socorro, aumentando o risco à vida das vítimas. Lamentável é ter a sensação – para não  dizer certeza – que os covardes ficarão impunes.  
Reminiscências em Preto e Branco (I)
            Aproveitando o tema principal da Coluna, vale citar a origem da palavra senador: do latim senex, que significa “velho”, “idoso”, aplicado no sentido de honradez e amor a causa pública.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
            Ainda sobre senadores paranaenses, entre os mais apagados que por lá passaram, Flávio Arns (PSDB) foi destaque negativo. Mas teve sorte política ao ser o vice do Beto Richa.  O Flávio continua “mosca morta”, foi secretário da educação sem um projeto arrojado, e tão inócuo nem serve para continuar vice.
Reminiscências em Preto e Branco (III)  

            Vaga lembrança é a recordação que não encontrou vaga nas nossas reminiscências.                 José Eugênio Maciel, professor, advogado, sociólogo, membro da Academia Mourãoense de Letras e do Centro de Letras do Paraná.

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